Como Fazer um Fundo de Emergência: Melhores Investimentos

Tempo de leitura: 14 minutos

Você sabe o que é uma reserva financeira ou fundo de emergência? Sabe para que ele serve e por que ele pode ser decisivo na sua vida financeira?

Apesar de vital, a grande maioria dos brasileiros não possui ou nunca pensou em fazer uma reserva de emergência. Muitos não sabem nem do que se trata o assunto.

O fundo de emergência, como o próprio nome diz, é uma reserva financeira feita para cobrir momentos de emergência ou gastos imprevistos.

Segundo pesquisas recentes do Datafolha, aproximadamente 65% dos brasileiro não possui um montante reservado para os imprevistos.
Esses números assustam ainda mais, pois temos convivido com alto índice de desemprego. Ou seja, a grande maioria das pessoas desempregadas não possui uma reserva financeira para recorrer.

O resultado disso? No mínimo, muitas dívidas…

Como você já deve imaginar, fazer uma reserva de emergência é necessário para qualquer pessoa sem exceção. Afinal, ninguém pode prever o futuro e imprevistos acontecem com todos.

Portanto, se você quer aprender a se preparar para o futuro, ter mais segurança e estabilidade financeira, leia este artigo até o final e coloque os ensinamentos em prática.

Combinado? Então, vamos lá!

O que é o Fundo de Emergência?

Existem algumas nomenclaturas além de Fundo de Emergência, como: Reserva Financeira, Reserva de Emergência, entre outras, mas todas elas se referem à mesma coisa.

Como eu havia descrito acima, fundo de emergência é uma reserva financeira destinada aos imprevistos. Esse dinheiro deve ficar investido em um produto(s) financeiro(s) de baixíssimo risco, rentabilidade adequada e alta liquidez.

Em resumo, o fundo de emergência é um mecanismo de segurança financeiro para você e seus dependentes. Ele irá te ajudar em momentos difíceis do ponto de vista financeiro.

Por que Você Precisa Fazer um Fundo de Emergência?

Como já foi dito antes, ao fazer sua reserva financeira, você estará preparado para os momentos financeiros difíceis e imprevistos que podem acontecer.

Uma coisa que todos sabemos é que imprevistos são previstos (apesar de contraditório) na vida de qualquer pessoa, então nada mais coerente do que estar preparado para eles.
Não é mesmo?

Infelizmente, os brasileiros, em um contexto geral, são imediatistas para o consumo e acabam esquecendo do futuro.

Em uma pesquisa feita pelo Insper foram constatados esses dados: o estudo avaliou 143 países diferentes e resultou na posição 132 para o Brasil!
Ou seja, estamos na frente apenas de 11 dos países da pesquisa, o que é péssimo em linhas gerais. O consumismo é um grande problema brasileiro.

Por conta desse fato, me sinto no papel de te alertar quanto a importância de fazer uma reserva de emergência.

Para que você não faça parte dessa estatística, siga os passos a seguir.

Neste outro artigo, eu explico Como Investir no Tesouro Direto, que possui um Título Perfeito para você Fazer o seu Fundo de Emergência.

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Quando e Como a Reserva de Emergência irá Ajudar?

Agora você deve estar se perguntando: quais são as principais situações onde ter uma reserva de emergência pode ser decisivo e como isso funcionará. Acertei?

A verdade é que não é muito difícil imaginar essas situações e acredito que você já deva ter pensado em algumas ou até mesmo passado por algum momento de turbulência, assim como todos passam.

Perda do emprego do principal provedor da família, acidente de carro, despesas médicas inesperadas, compra de algo necessário e urgente para a casa e proteção contra crédito caro são algumas dessas situações.

Imagine uma situação em que você perde seu emprego: como você irá lidar com seus custos mensais ou da sua família? Não estou falando de luxo, estou falando das contas da casa, carro ou despesas básicas mesmo.

Provavelmente, você teria que recorrer a um empréstimo bancário, porém isso pode sair mais caro do que se imagina…

As taxas exorbitantes cobradas pelos bancos são grandes problemas em situações difíceis como essa e você irá precisar pagá-las até conseguir outro emprego.
O efeito bola de neve dos juros de dívidas bancárias trará consequências ainda piores para o seu futuro financeiro.

Caso você tivesse uma reserva financeira, você teria o suficiente para pagar seus custos de vida e ainda estaria protegido contra o crédito caro do empréstimo até conseguir outro emprego ou fonte de renda.

Além disso, você estaria evitando uma das piores dívida que há: as dívidas advindas de empréstimos bancários. Essas apresentam os maiores juros do mercado!

Consegue perceber que o ato de fazer um planejamento financeiro simples evita um efeito dominó NEGATIVO? É isso que sua Reserva de Emergência fará por você!

O fundo de emergência é uma solução muito melhor para os imprevistos, visto que é um dinheiro que pode ser utilizado rapidamente e mantém o equilíbrio financeiro.

Como Fazer um Fundo de Emergência: Melhores Investimentos

Enfim, chegamos ao principal objetivo deste artigo: listar os Melhores Investimentos para fazer um fundo de emergência.

Bom, muitas pessoas quando pensam em fazer uma reserva financeira imaginam logo a Poupança. Porém, existem investimentos mais rentáveis e até mais seguros do que a Poupança que satisfazem esse objetivo.

Antes de continuar, preciso dar um aviso: Não deixe sua Reserva de Emergência na Poupança! Aliás, eu não recomendo que utilize a Poupança para objetivo algum.

Digo isso, porque a Poupança além de não remunerar o suficiente o seu dinheiro, em vários momentos faz com que seu dinheiro renda abaixo da inflação. O que é o mesmo que perder poder de compra, ou seja, perder dinheiro!

As características dos investimentos que você deve buscar para fazer a sua reserva de emergência são: Segurança, Alta Liquidez e Rentabilidade adequada.

Então, vamos aos Melhores Investimentos para Você Fazer a sua Reserva de Emergência:

1 – Tesouro Selic

O Tesouro Selic é um título público de renda fixa atrelado à taxa básica de juros da nossa economia, a Selic. Isso significa que o seu dinheiro será remunerado de acordo com a taxa Selic do momento.

Você pode conferir quanto a Taxa Selic está remunerando no site do Banco Central. Destacando que o rendimento está atrelado a Selic Over.

Ao investir nesse título emitido pelo governo, você estará financiando melhorias em setores como saúde, infraestrutura e educação. Em contrapartida, seu dinheiro rende como a Selic.

O Tesouro Selic atende a todas as características necessárias para Reserva de Emergência, sendo o investimento mais seguro do país (sim, mais seguro que a Poupança também).

No momento do resgate, o governo se compromete a recomprar os títulos. A liquidação se dá em D+1, o que significa que acontece em um dia útil.

Caso você ainda tenha dúvidas sobre Como Investir nos Títulos do Tesouro Direto, clique e leia este artigo.

2 – CDB com Liquidez Diária

CDB – sigla para Certificado de Depósito Bancário – é também uma ótima alternativa para a formação da Reserva de Emergência.

Por ser um título de renda fixa privado emitido por bancos, é possível encontrar alguns CDB’s que remunerem mais do que o CDI. Porém, o mais comum é encontrar taxas bem próximas ao CDI. Para valer a pena, no mínimo o CDB deve remunerar 100% do CDI.

Pra quem não sabe ainda, CDI é uma taxa de juros que anda bem próxima da Selic.

Quando a Selic está muito baixa, vale considerar a utilização dos CDBs que paguem acima de 100% do CDI como reserva de emergência.

Atente-se a liquidez do CDB: para o objetivo que queremos, ele precisa ter liquidez diária! Existem também CDB’s que não possuem essa característica, o que não serve para o nosso caso.

Diferente do Tesouro Selic, a liquidação pode ocorrer no mesmo dia em alguns casos.

Além disso, o CDB é um título que tem a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Em outras palavras, caso a instituição emissora do CDB venha a falir, o investidor estará assegurado em até R$ 250.000,00 por CPF e por Instituição Financeira.

3 – Fundos de Renda Fixa

Os Fundos de Renda Fixa são carteiras que investem ao menos 80% dos recursos em títulos de renda fixa, como os ativos citados acima.

O grande diferencial de investir nesses fundos é a presença de um gestor profissional gerindo o dinheiro aplicado. Por conta disso, é possível conseguir retornos maiores do que os dos ativos anteriores.

Atente-se para o prazo de liquidação, que deve ser em até D+1 para o objetivo proposto.

Outro detalhe importante é que esses fundos não possuem proteção do FGC. Por isso, é importante avaliar a nota de rating do emissor. Quanto maior for a nota, menor será o risco de falência do fundo.

4 – Fundos DI

Uma outra alternativa para fazer um Fundo de Emergência é utilizar Fundos DI. Esse fundo possui ativos de renda fixa indexados a taxa DI, que é o próprio CDI.

Assim como os Fundos de Renda Fixa, os Fundos DI não possuem cobertura do FGC. Logo, será necessário analisar o rating do fundo, caso você opte por essa opção para a Reserva Financeira.

Vale lembrar que os Fundos no geral possuem taxa de administração e, às vezes, performance. Portanto, esse é outro ponto a ser considerado na hora de escolher o investimento para fazer o seu Fundo de Emergência.

5 – Contas Remuneradas – Nuconta

Se você busca por uma alternativa mais prática, seu pedido foi atendido! Graças a criação da NuConta do Nubank, é possível ter rentabilidade, segurança, liquidez e maior praticidade de uma vez só.

A NuConta é uma conta de pagamentos, onde o dinheiro depositado ali rende automaticamente 100% do CDI. Em outras palavras, basta depositar que automaticamente seu dinheiro estará rendendo.

O Nubank deixa o seu dinheiro investido em títulos públicos, ou seja, seu dinheiro fica separado do patrimônio da empresa.
Por estar investido em títulos públicos, seu dinheiro é assegurado pelo Tesouro Nacional, ou seja, segurança máxima.

É muito fácil depositar e transferir dinheiro, mas aqui vai um alerta: o dinheiro depositado para a Reserva de Emergência é para a Reserva de Emergência.
Em outras palavras, não caia na tentação de usar esse dinheiro para uma finalidade diferente da proposta.

Caso contrário, o seu objetivo deixa de ser a formação de um Fundo de Emergência.

Outras contas remuneradas similares: PagBank, PicPay e MercadoPago.

Além da opção de investir em títulos públicos, a NuConta disponibiliza uma opção de RDB (Recibo de Depósito Bancário).
Em termos de rentabilidade, não muda nada, pois seu dinheiro continua rendendo a 100% do CDI. Mas, há duas diferenças básicas ao escolher o RDB:

1 – O dinheiro passa a estar junto ao patrimônio da empresa, o que permite que o Nubank o utilize para captação de recursos. Em troca, você recebe a mesma rentabilidade descrita;

2 – A proteção passa a ser do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

Quanto Dinheiro Aplicar no Fundo de Emergência?

Agora que você já conhece as melhores opções de investimentos para a formação da sua reserva de emergência, resta saber qual valor você deve ter aplicado para garantir uma Estabilidade Financeira maior.

Para isso, você precisa apenas fazer uma conta rápida e direta que eu vou te mostrar a seguir.

Existem dois perfis diferentes para definir qual é o tamanho ideal para o seu fundo de emergência: Empregado e empreendedor/autônomo.

De qual dos dois grupos você faz parte?

Dependendo da sua resposta, o fundo de emergência que você irá montar pode ser maior ou menor. Então, vamos a isso!

Empregado – trabalha em uma empresa ou servidor público

Se você for empregado de alguma empresa, a conta que você deve fazer é multiplicar o seu custo de vida mensal por 6 (no mínimo).

O resultado encontrado será igual ao montante que você precisa acumular para a formação da sua reserva de emergência. Ele é referente ao seu custo de vida 6 meses à frente.

6 meses é um tempo estimado suficiente para que caso você perca o seu emprego, tenha tempo suficiente para conseguir outro. Enquanto isso, sua reserva financeira pagará seu custo de vida.

O período de 6 meses é utilizado, pois existe uma previsibilidade maior de receitas para quem é empregado, assalariado ou servidor público.

Sendo assim, você se mantem seguro por 6 meses de sua vida, mesmo sem renda.

PS: Em decorrência da experiência recente da pandemia de COVID-19, para uma segurança maior, eu recomendo que você estique mais esse fundo para 12 meses de custos, conforme explicado abaixo.

Empreendedor, autônomo ou profissional liberal

Caso você se enquadre em uma dessas classificações, você deve multiplicar seu custo de vida mensal por 12.

Nesse caso, a reserva financeira é bem maior, pois a previsibilidade de receitas para esse grupo de pessoas pode ser volátil. Ou seja, há momentos em que não há lucros.

Por esse fator, é necessária uma Reserva Financeira mais robusta para eventuais momentos de baixa do empreendimento. Assim, é mais indicado uma reserva de 12 meses.

Desta forma, você se mantém seguro por 12 meses da sua vida, mesmo sem renda.

Conclusão

O primeiro passo para uma caminhada rumo à liberdade financeira, é construir uma base financeira sólida que irá te garantir maior estabilidade, segurança e tranquilidade.

A construção da Reserva de Emergência é a base dessa caminhada. É essa reserva que lhe dará segurança para poder estudar sobre outros ativos e buscar rentabilidade mais atrativa.

Não espere os problemas aparecerem na sua vida. Faça algo antes e esteja preparado para os imprevistos!

Afinal, prevenir é melhor do que remediar. Concorda?

Uma última questão importante com relação a utilização da Reserva de Emergência é: caso seja necessário utilizar o dinheiro da reserva, depois disso, o seu primeiro objetivo financeiro passa a ser a reposição desse dinheiro.

Desta forma, você mantém a segurança e a estabilidade citadas.

Caso você ainda não saiba como investir no Tesouro Direto e montar a sua Reserva de Emergência por lá, clique aqui para aprender na prática.

Afinal, sem a parte prática, a teoria não muda a vida de ninguém. Clique aqui e acesse o Curso Tesouro Direto Gratuito.

Deixe nos comentários as suas dúvidas e sua opinião sobre esse assunto.

Um abraço e bons investimentos!

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Créditos das imagens: Canva e Pixabay.