7 Dicas de Investimentos para Iniciantes que Não Te Contam

Tempo de leitura: 18 minutos

Como investir com pouco dinheiro? Por onde começar? Qual é o melhor investimento?

Quando o assunto é investimentos para iniciantes, muitos desses principiantes podem achar algo complicado demais ou que será necessário ter muito dinheiro. Afinal, quando não conhecemos algo a fundo, ficamos mais propensos aos mitos que existem em torno do assunto.

Bom, se você está aqui, é porque tem dúvidas sobre o tema. Correto?
Se sim, eu irei te ajudar agora!

O que eu posso te dizer é que essas dúvidas irão desaparecer da sua cabeça. Então, leia esse conteúdo até o final para se tornar de vez um investidor de sucesso.

Nesse artigo abordaremos os assuntos a seguir:

– Enriquecimento rápido e promessas de alta rentabilidade: PERIGO!;
– Investir é para quem tem muito Dinheiro?;
– A importância dos investimentos;
– 2 Vilões da Liberdade Financeira;
– 7 Principais Dicas de Investimentos para Iniciantes;
– Dica Extra de Investimentos para Iniciantes.

Enriquecimento Rápido e Promessas de Alta Rentabilidade: PERIGO!

Muito se fala sobre a importância dos investimentos e o quão libertador pode ser a vida de quem investe corretamente.

Porém, a presença de muitas informações desencontradas e a falta de um passo-a-passo complicam a vida de quem está iniciando.

Pior que isso são os golpes e “gurus” que existem e se aproveitam dessa situação!

É importante ter cuidado com as fontes que você pesquisa para não ter problemas no futuro. Promessas de enriquecimento rápido ou de rentabilidade irrealista são furadas!

Portanto, busque fontes confiáveis e sites sérios e independentes, como o nosso.

Investir é um processo de construção de patrimônio que leva algum tempo e que deve ser monitorado pelo investidor para que se obtenham os melhores resultados.

Investir é para Quem tem Muito Dinheiro?

Antes de partir para as dicas de investimentos para iniciantes que prometi, é importante desconstruir algumas mentiras sobre investir dinheiro.

Acredito que a mentira mais famosa seja: “investir é para os ricos”.

Grande parte das pessoas mais ricas do mundo começou do absoluto zero. Elas inclusive começaram do zero como investidores também.
O exemplo mais famoso é o do norte-americano Warren Buffett que começou a investir com 11 anos e hoje é uma das 5 pessoas mais ricas do planeta graças aos seus investimentos.

Aqui no Brasil por exemplo, o maior investidor P.F. se chama Luiz Barsi. E ele era um simples feirante quando iniciou.

Não irei me estender no assunto, mas como você pôde notar, exemplos não faltam de pessoas que começaram com pouco e hoje têm muito.

Nesse outro artigo, eu ensino Como Investir em Ações com Pouco Dinheiro, caso você queira saber mais.
Inclusive, esse foi o método que eu utilizei quando comecei no mercado de Ações.

Recomendo!

A Importância dos Investimentos

O caminho mais curto e eficiente para a liberdade financeira é investir bem o seu dinheiro. Entenda como o dinheiro funciona e você irá se beneficiar disso.

Já dizia Albert Einstein:

Muita gente não gosta de falar sobre dinheiro e os resultados disso são grandes: dívidas, trabalhar até o fim da vida, não se aposentar, se privar de grandes experiências, não aproveitar oportunidades, etc.

O dinheiro não é o fim, mas sim o meio. Ele é a ponte que te conecta aos seus objetivos.

É através de uma vida equilibrada e mais abundante do ponto de vista financeiro que se torna possível realizar sonhos, se aposentar bem mais cedo, ter mais tempo, ter mais conforto e segurança para você e sua família, viajar muito mais, etc.

Dito isso, fica evidente o impacto que saber administrar o dinheiro tem na vida de qualquer pessoa.

Por isso, é de suma importância saber investir, pois é através dos investimentos que o dinheiro se multiplica e torna possível a realização de objetivos e sonhos.

Economizar uma parte dos seus rendimentos é necessário para que você possa investir.

A educação financeira faz parte do processo de investir, portanto cultive bons hábitos financeiros para que possa investir pelo menos 10% do que você recebe.

2 Vilões da Liberdade Financeira: Dívidas e a Inflação

Vamos imaginar que você leu e aprendeu com todas as dicas que eu apresentei aqui e quer colocar em prática… mas esbarra nas dívidas que possui (possivelmente). E agora?

Antes de pensar em investir, o primeiro passo que você precisa dar é eliminar as suas dívidas, principalmente, aquelas com os maiores juros.

Lembra da frase do Einstein? Pois é… Se você paga mais juros do que recebe, não vai adiantar nada investir, pois você continuará reduzindo seu patrimônio com passivos.

A ideia ao investir é colocar dinheiro no seu bolso e, para que isso aconteça de forma eficiente, você precisa eliminar o que tira dinheiro do seu bolso.

Simples assim!

Então, seu primeiro passo é eliminar suas dívidas. Dê prioridade àquelas com os maiores juros e vá quitando até não restar mais nada.

Vale também um alerta para a questão da inflação. Você já deve ter ouvido que ela consome o poder de compra do dinheiro.

A verdade é que o IPCA é como um fator de reajuste do valor da moeda. Todos os meses, ele é precificado e sujeito as oscilações.
Então, R$ 50 de 2 anos atrás não valem os mesmos de hoje.

Ou seja, para proteger o poder de compra do seu dinheiro é necessário investir em ativos que superem a inflação.

Basicamente, ao investir, você recebe uma remuneração que é medida por uma taxa. Essa taxa deve estar acima da inflação para que o dinheiro não desvalorize.

Quanto mais acima da inflação for a remuneração do investimento, mais o seu patrimônio cresce.

Simples, não é mesmo?

7 Principais Dicas de Investimentos para Iniciantes

A ideia aqui é que você coloque em prática o que for ensinado, caso contrário as coisas não mudarão e o seu patrimônio não irá crescer como objetivado. Vamos lá, então?

Vale lembrar que antes de investir em quaisquer dos produtos financeiros citados aqui no artigo, você precisa estudar e se informar sobre os mesmos para tomar as melhores decisões possíveis.

Agora, vamos as Dicas de Investimentos para Iniciantes!

1 – Mapeamento da Situação Financeira

O primeiro passo é mapear as entradas e saídas de dinheiro do seu orçamento.

Então, identifique e lance em uma planilha ou aplicativo todas as suas despesas e receitas, de forma que fiquem bem claras as informações.

Anote todos os gastos, dos menores aos maiores.

2 – Planejamento Financeiro

Com o mapeamento lançado em sua planilha, é hora de identificar o que é supérfluo, ou seja, o que pode ser cortado.

O objetivo é fazer com que sobre mais dinheiro, portanto o que não for necessário deve ser cortado. Dessa forma, você terá mais dinheiro para investir em ativos (o que coloca dinheiro no seu bolso).

Ao fazer os cortes, você poderá identificar quanto dinheiro você consegue economizar por mês e definir quanto irá investir mensalmente.

Exemplo: Sobram R$ 600, então invisto R$ 500 por mês.

Lembrando que esse é o dinheiro que sobra após você pagar todas as suas contas e despesas mensais (supérfluos já retirados).

A partir de agora, você tem um plano de ação a seguir. Respeite esse plano e irá notar as diferenças rapidamente.

3 – Elimine suas Dívidas

Como havia dito antes, as dívidas travam o crescimento do seu patrimônio, principalmente, as com altos juros.

A dica 3 então é: quite suas dívidas!
Tente negociar para obter um abatimento ou parcelar o pagamento da dívida sempre que possível.

Comece pagando aquelas com os maiores juros para que parem de onerar o seu patrimônio e pague uma por uma. Enfim, elimine todas as dívidas.

Normalmente, os juros das dívidas bancárias, como cartão de crédito e cheque especial, são maiores que a rentabilidade dos investimentos.

Juros esses que, normalmente, superam 300% a.a. e 200% a.a. respectivamente.

4 – Defina Objetivos Financeiros (dê nomes aos bois)

Essa dica é muito importante, mas nem sempre é seguida pelas pessoas.

Para que você se mantenha disciplinado e motivado a investir, dê nomes aos bois, ou melhor, aos seus objetivos.

Por que você quer investir? O que você quer conquistar? O que você quer fazer com o dinheiro?

Essas respostas só você pode dar e são elas que irão te manter disciplinado e focado. Esse é o seu alvo.

– Quer juntar dinheiro para fazer uma viagem inesquecível com a família?
– Intercâmbio?
– Quer morar fora?
– Abrir o próprio negócio?
– Viver da renda passiva dos seus investimentos?
– Comprar um carro zero?

Não esqueça de definir prazos para a realização de cada um dos objetivos:

– Objetivos de curto prazo – até 2 anos;
– Objetivos de médio prazo – até 5 anos;
– Objetivos de longo prazo – mais do que 5 anos para conclusão.

Responda: Em quanto tempo terei dinheiro para o intercâmbio? E para viver de renda? Para adquirir o carro zero? (a pergunta depende do seu objetivo).

Escolha o investimento mais adequado de acordo com o período desejado.

Enfim, dê nome ao seu objetivo. Muitos desistem no meio do caminho por não terem uma direção e eu não quero o mesmo para você.

5 – Abra Conta em uma Corretora de Valores

Agora que você já tem um planejamento financeiro, quitou as dívidas e definiu aportes e objetivos, chegou a hora de abrir sua conta em uma corretora.

Você deve estar se perguntando: Por que não fazer os investimentos pelo banco?

Simplesmente, porque os bancos cobram taxas elevadas nesse processo, o que reduz consideravelmente a rentabilidade dos investimentos.

Nas corretoras, as condições sempre são mais baratas. Aliás, muitas das operações não são nem cobradas, fato esse que faz grande diferença na rentabilidade final.

Para abrir conta em uma corretora, você só precisa de acesso à internet. Basta enviar os dados pedidos por eles e pronto. Você não precisa ir a uma agência física.

Inclusive, você pode acompanhar seus investimentos por um app no celular. Legal né?

Segue uma lista com as melhores corretoras de valores, na minha opinião:

– Modalmais;
– Clear;
– Rico;
– Easynvest;
– Banco Inter (exceção entre os bancos);
– XP Investimentos.

Um detalhe que muita gente tem dúvida: não há taxa de abertura de conta nem de manutenção da conta.

As únicas taxas cobradas são em suas operações financeiras, ou seja, quando você investe efetivamente.

Nessa publicação, listei os custos cobrados para investir por cada uma das corretoras aqui citadas. Clique aqui para ver.

6 – Principais Investimentos para Iniciantes

Eu recebo muitas perguntas sobre qual seria o primeiro investimento ideal ou sobre qual é o investimento para iniciantes mais indicado.

Bom, antes de continuar, uma coisa precisa ficar clara: o melhor investimento NÃO existe.

Os produtos financeiros possuem características que podem atender ou não ao que você deseja para o seu objetivo. O que para uma pessoa pode ser um bom investimento, para outra pode não ser.

Dito isso, outro aspecto importante é: quanto mais seguro for o investimento, menor o potencial retorno e o contrário também vale.

Renda Fixa para começo de conversa

Pelo fato de você estar no começo de sua jornada como investidor, o que eu recomendo é Renda Fixa.

Como você deve imaginar, esses são investimentos mais seguros e com potencial retorno menor. Essas características são importantes para o começo, visto que você está aprendendo a investir.

Investimentos em Renda Fixa são investimentos em títulos de dívida emitidos pelo governo, bancos e instituições financeiras.

Ao investir em um desses títulos, você recebe juros como remuneração pelo empréstimo.

Essa remuneração é descrita através de uma taxa que pode ser prefixada (você sabe exatamente quanto irá receber ao final do período), pós-fixada (indexada a uma taxa variável) ou híbrida (remuneração com uma parte prefixada e outra pós-fixada).

Principais indexadores dos títulos pós-fixados: CDI, Selic e IPCA.

Exemplo título prefixado: CDB prefixado com taxa de 10% ao ano – quer dizer que você receberá um rendimento de 10% ao ano garantidos.

Exemplo título pós-fixado: Tesouro Selic – o rendimento desse título dependerá da flutuação da taxa Selic.

Exemplo título híbrido: Tesouro IPCA+ 4% a.a. – você terá rentabilidade garantida de 4% somada a oscilação da inflação (IPCA) do período.

Importante: a remuneração do seu dinheiro é feita em juros compostos, ou seja, juros em cima de juros.

Juros compostos garantem retornos muito maiores do que a remuneração a juros simples, pois essa última incide sempre apenas em cima do montante inicial.

Entendido? Caso tenha ficado alguma dúvida, deixa abaixo nos comentários.

Lista de títulos de Renda Fixa:

Os investimentos em Renda Fixa são os menos arriscados do mercado, mas já adianto que os menos arriscados de todos são os títulos do Tesouro Direto.

Isso se dá, porque os títulos públicos são garantidos pelo próprio Tesouro Nacional, o que é o mesmo que ter um selo de segurança máxima.

Sim, o Tesouro Direto é mais seguro do que deixar o dinheiro na Poupança.

Aliás, deixar o dinheiro na Poupança pode ser a pior coisa que você faz com o seu dinheiro, visto que, frequentemente, a inflação está acima.

Abaixo veja os títulos de renda fixa:

– Títulos do Tesouro Direto;
– CDB (Certificado de Depósito Bancário);
– LCA (Letra de Crédito do Agronegócio);
– LCI (Letra de Crédito Imobiliário);
– LC (Letra de Câmbio);
– CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários);
– CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio);
– Debêntures;
– Fundos de Investimento em Renda Fixa.

Tenha em mente que algumas opções da lista têm riscos mais elevados, como é o caso do CRI/CRA e das debêntures.

7 – O que fazer agora?

Você deve estar se perguntando agora: Então, qual título escolher?

Nesse começo é bem comum que você se sinta um pouco perdido, mas não se preocupe tanto. Isso é normal.

Como exercício, sugiro que você pense primeiro em um objetivo, assim como ensinei no item 4. Não se esqueça de estabelecer um prazo realista para conclusão.

Feito isso, abra conta em uma das corretoras que listei no item 5. Todas elas não cobram taxa alguma para investimentos em renda fixa.
Para outros investimentos, as mais baratas são Modalmais e Clear.

Ao acessar sua conta na corretora pela internet, você pode consultar os produtos de renda fixa disponíveis e escolher aqueles com as melhores características para o seu objetivo.

Bom, eu costumo dizer que o primeiro passo de qualquer investidor é a formação de uma Reserva de Emergência. Inclusive, eu escrevi um artigo, onde falo em detalhes Como montar uma Reserva de Emergência. Para acessá-lo, clique aqui.

Portanto, se você quiser uma recomendação, sugiro que monte sua Reserva de Emergência, pois ela lhe dará mais segurança em diversas situações.

Dica Extra – Investimentos para iniciantes

Essa é uma dica sobre a escolha do investimento.

Não escolha um investimento levando em consideração apenas a rentabilidade prometida. Existem outros fatores de igual importância que devem ser avaliados, como liquidez, risco e o prazo.

Esse é um erro muito comum que quem está começando a investir, geralmente, comete.

Então, vou explicar rapidamente o que cada item quer dizer:

Dica Extra 1 – Liquidez

1 – Liquidez: é a velocidade que um ativo tem de se tornar dinheiro de novo na sua conta.

Exemplo: a poupança tem liquidez imediata, ou seja, ela se torna dinheiro na mesma hora que você faz o resgate.

Já o Tesouro Selic possui liquidez diária, ou seja, ele demora 1 dia útil para ser resgatado para sua conta.

Entendeu a mecânica? Quanto mais líquido for um investimento, mais rápido você tem o seu dinheiro de volta.

Dica Extra 2 – Risco

2 – Risco: refere-se a chance de o investidor ter perdas financeiras ao investir em um produto financeiro. Normalmente, quanto maior o risco, maior é a potencial recompensa.

Exemplo: O risco do Tesouro Selic é o mais baixo do mercado. Primeiro, porque a partir do momento que você investe nele, você já NÃO corre o risco de resgatar um valor menor do que investiu. Segundo, porque ele é garantido pelo Tesouro Nacional.

O risco para investir em ações é maior, visto que são ativos de renda variável, ou seja, seu preço varia todos os dias. Caso você compre o ativo na alta (R$ 15) e venda na baixa (R$ 10), você terá perda financeira. A diferença fica negativa.

O contrário também vale: compra de 100 ações por R$ 10 cada e venda das mesmas por R$ 15, resulta em um lucro de R$ 5 por ação (R$ 500 no total).

Dica Extra 3 – Prazo

3 – Prazo: refere-se ao tempo da aplicação. Como expliquei antes, curto prazo vai até 2 anos, médio prazo até 5 anos e longo prazo é um período maior do que 5 anos.

Esse é uma dica fundamental sobre investimentos para iniciantes. Portanto, escolha ativos com prazos realistas.

Dica Extra 4 – Rentabilidade

4 – Rentabilidade: Rentabilidade ou retorno é o prêmio que se paga ao investidor por ele investir em um ativo financeiro.

A relação risco X retorno existe. Portanto, quanto maior o risco, maior o potencial retorno do investimento.

Partindo dessa premissa, você já deve imaginar que o retorno das ações geralmente são bem superiores aos da renda fixa. E isso realmente é verdade.

Aprenda Como Investir em Ações mesmo que você tenha Pouco Dinheiro hoje. Clique aqui!

Mas, como o foco aqui são as dicas de investimentos para iniciantes, o foco fica onde há maior segurança: Renda Fixa.

Conclusão

Chegamos ao final desse artigo. Quero te parabenizar por ter lido até o final, pois isso mostra o quão compromissado você está com o seu futuro.

A verdade é que se você busca informações sobre investimentos para iniciantes, é porque deseja uma vida mais livre do ponto de vista financeiro. E isso é ótimo!

Nesse artigo, você aprendeu sobre erros comuns do investidor iniciante, sobre a principal mentira quando o assunto é investir dinheiro e sobre a importância de investir corretamente.

Além é claro, das 7 Dicas de Investimentos para Iniciantes e da Dica Extra que eu te passei no final.

Imagino agora que você tenha alguns passos do que eu ensinei para colocar em prática, não é mesmo?

Perfeito! Então siga em frente!

Ficou alguma dúvida? Críticas ou sugestões? Escreva um comentário logo abaixo. Eu leio todos!

No mais, é isso!

Um abraço e bons investimentos!

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Créditos das imagens: Pixabay e Canva.