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O investimento em Tesouro Direto vem crescendo e ganhando notoriedade entre os brasileiros nos últimos anos.
O crescimento do número de pessoas que migraram e aprenderam a investir no Tesouro Direto evidencia uma grande tendência de conscientização brasileira sobre o dinheiro. Uma ótima notícia para uma população que prioritariamente sempre deixou o dinheiro parado na Poupança e conviveu com a desvalorização do seu capital.
Aplicação em Tesouro Direto ganhou notoriedade graças à sua rentabilidade atrativa, facilidade de aplicação e proteção do poder de compra.
Além disso, o Tesouro Direto é a modalidade de investimento mais segura do país. Sendo assim, os títulos públicos do Governo unem o útil ao agradável.
Os títulos do Tesouro Direto se tornaram as estrelas da renda fixa, visto as características citadas. São os investimentos mais famosos e atendem a dois quesitos que os brasileiros adoram: liquidez, retorno adequado e segurança.
O investimento mínimo é bem acessível. Com pouco mais de R$ 34 você já pode investir nesses ativos e tirar proveito de seus benefícios.
O risco desse tipo de investimento é considerado o mais baixo do mercado, visto que os títulos públicos são assegurados pelo Tesouro Nacional.
Há opções para investimentos de curto, médio e longo prazo, sendo assim, os títulos públicos podem atender a qualquer planejamento financeiro.
Mas, antes de investir nos títulos do Tesouro Direto, você precisa entender que existem diferenças entre eles.
Portanto, leia esse artigo até o fim para aprender mais sobre essas diferentes características e escolher aquele que melhor se adéqua aos seus objetivos.
A partir de agora você encontrará um Guia Completo e Atualizado sobre o Tesouro Direto.
O que é o Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um programa do Tesouro Nacional do Brasil implementado em janeiro de 2002 em parceria com a bolsa de valores.
O objetivo do programa é democratizar a compra e venda de títulos públicos federais para pessoa física através da internet.
Títulos Públicos Federais nada mais são do que ativos de renda fixa emitidos pelo Tesouro Nacional (Governo). São ativos escriturais que representam papéis da dívida pública.
Logo, os títulos públicos se apresentam como excelente alternativa para poupadores aplicarem seus recursos com total segurança e rentabilidade adequada.
Comprar títulos do Tesouro Direto funciona como uma espécie de “empréstimo”. Assim, qualquer pessoa pode emprestar dinheiro ao Governo em troca do principal acrescido de juros.
De acordo com o relatório do Tesouro Nacional de Fevereiro de 2020, já são mais de 6.1 milhões de pessoas cadastradas. Um crescimento expressivo de aproximadamente 71% no número de investidores nos últimos 12 meses.
Esse número cresce a cada mês, devido a acessibilidade tanto para pequenos quanto para grandes investidores e a praticidade para investir nesses ativos.
Vantagens e Desvantagens de Investir no Tesouro Direto
Bom, assim como qualquer tipo de investimento, existem vantagens e desvantagens de investir nos títulos do Tesouro Direto.
Há alguns aspectos a serem analisados antes de aplicar dinheiro no Tesouro Direto que veremos a seguir.
Para obter os melhores resultados investindo em títulos públicos, é fundamental que você escolha títulos que estejam alinhados aos seus objetivos financeiros. Vale lembrar que essa modalidade de investimento é conservadora.
Você já conhece os aspectos a analisar? Se não, veja agora os pontos positivos e pontos negativos de investir no Tesouro Direto:
Seguindo a ordem:
1 – Risco e Segurança;
2 – Facilidade e Acessibilidade do Tesouro Direto;
3 – Rentabilidade dos Títulos do Tesouro Direto;
4 – Liquidez Diária;
5 – Taxas e Tributos.
1 – Risco e Segurança
Por serem emitidos pelo Governo, todos os títulos do Tesouro Direto são considerados de baixíssimo risco.
A possibilidade de quebra do Estado é muito pequena. Para que isso fosse possível, todas as instituições financeiras teriam que quebrar antes do Estado em si.
Portanto, o risco de investir no Tesouro Direto é tão pequeno que é considerado o investimento mais seguro do mercado financeiro.
Logo, investir no Tesouro Direto é mais seguro do que investir na Poupança.
Por perceber esse fato, muitas pessoas estão migrando investimentos da Poupança para os títulos do Governo. O que é uma constatação de evolução em termos de educação financeira da população.
O único risco que de fato está presente é o da venda antes do vencimento, onde podem ocorrer lucros ou prejuízos. Para saber o momento certo de vender o seu título, você deve estar atento a marcação a mercado.
Exceção para o Tesouro Selic, esse sim pode ser vendido a qualquer momento e você sempre receberá o principal acrescido dos juros até a data da venda.
PS: Você não precisa vender antecipadamente! Na verdade, a maneira mais segura de investir no Tesouro Direto é mantendo seu título até o vencimento (sem risco).
2 – Facilidade e Acessibilidade do Tesouro Direto
Quem ainda não investe pode imaginar que seja complicado investir no Tesouro Direto. Porém, tudo o que é necessário é um acesso à internet e uma conta em uma corretora de valores.
Recomendo que antes de começar a investir no Tesouro Direto, você procure aprender sobre as características de cada um dos títulos.
Mas relaxa, pois mais adiante eu vou falar sobre cada um desses títulos.
Dito isso, seguimos…
Você pode fazer seus aportes de forma fácil e rápida. Você pode investir do conforto de sua casa no site da sua corretora.
Procure por corretoras que cobrem taxa zero para aplicações no Tesouro Direto. Hoje em dia, são raras as corretoras que cobram taxa para essa modalidade de investimento.
Além do mais, investir no Tesouro Direto é acessível, sendo possível começar com pouco mais do que R$ 34.
3 – Rentabilidade dos Títulos do Tesouro Direto
Os títulos públicos se destacam principalmente pelo retorno adequado, mas não se atenha apenas a isso. Mais a frente iremos abordar outros aspectos de igual importância.
Antes de prosseguir, vale destacar que além de mais seguro, os títulos públicos são mais rentáveis do que a Poupança.
Sempre que a Taxa Selic rende menos do que 8% ao ano, a rentabilidade da Poupança passa a ser 70% da Selic + TR (Taxa Referencial, que hoje é igual a zero).
Dito isso, podemos prosseguir!
Quando o assunto é rentabilidade, os títulos públicos apresentam a vantagem de render muito bem sem abrir mão da segurança. Esse casamento é o principal responsável pela popularização crescente deste tipo de investimento.
Agora vamos verificar a rentabilidade dos títulos! Como você já deve ter notado, o Tesouro Direto em si não é um produto financeiro, mas sim o nome do programa de compra e venda de títulos público federais para pessoa física.
Os produtos financeiros, alvos dos investimentos dos investidores, são os títulos públicos.
Existem 5 tipos de títulos públicos negociados no Tesouro Direto e, para entendermos a rentabilidade dos mesmos, precisamos conhecer também suas características:
Tesouro Prefixado (LTN)
Esse título possui rentabilidade definida no momento da compra. Ou seja, o investidor sabe exatamente quanto irá ganhar de juros caso mantenha o título até a data de vencimento.
O pagamento dos juros ocorre no vencimento do título.
Essa é uma boa opção para momentos de baixa dos juros na economia, visto que a rentabilidade é garantida no momento da compra até o vencimento do título.
Normalmente, quanto mais distante for a data de vencimento, maior é a rentabilidade prefixada.
Exemplo: caso você compre esse título a uma taxa de 10% ao ano, seu título irá render 10% todo ano, a juros compostos, até a sua data de vencimento, independente de como esteja a economia no período.
Vale ressaltar que a venda antecipada desse título (antes do vencimento) pode levar a lucro ou prejuízo, dependendo da marcação a mercado (preço do título do momento da venda).
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F)
Esse título também tem rentabilidade definida no momento da compra, porém o recebimento dos juros pagos ocorre de forma semestral. Em outras palavras, o investidor receberá antecipadamente a rentabilidade contratada a cada 6 meses.
Essa é uma boa opção para quem quer criar uma fonte de renda passiva recorrente, porém a rentabilidade fica menor do que a do Tesouro Prefixado (LTN).
A rentabilidade fica menor, porque enquanto a LTN rende a juros compostos, o Tesouro Pré com Juros Semestrais não faz o mesmo, visto que paga a rentabilidade de forma antecipada a cada 6 meses.
Assim, não sendo possível o famoso efeito bola de neve de juros rendendo sobre juros.
Tesouro Selic (LFT)
A rentabilidade do Tesouro Selic está atrelada a taxa básica de juros do país, a Selic. Logo, a rentabilidade deste título público irá variar de acordo com a variação da taxa Selic.
Você pode verificar quanto a Selic está rendendo atualmente neste link.
Além de boa rentabilidade, uma das principais vantagens desse título é a possibilidade de resgate a qualquer momento. Ou seja, você pode vender seu Tesouro Selic e receber 100% do seu dinheiro investido somado aos juros que este rendeu até o momento.
Você sempre ganha dinheiro no Tesouro Selic. Porém, atente-se também à inflação do período, pois, apesar de não ser comum, o índice IPCA pode ficar acima da Selic (quando Selic muito baixa). Assim, o poder de compra do seu dinheiro irá reduzir.
Para momentos como o descrito acima, é possível buscar opções mais rentáveis, como CDB’s de liquidez imediata que paguem acima de 100% do CDI.
O Tesouro Selic é uma excelente opção para formação da Reserva de Emergência, visto que possui liquidez diária sem perdas. Caso você queira sacar seu dinheiro de forma antecipada, após fazer o pedido em sua corretora, o dinheiro cai na sua conta até o dia útil seguinte.
Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal)
Esse é um título considerado híbrido, pois sua rentabilidade está dividida em duas partes: uma parte é prefixada e a outra é atrelada à inflação (índice IPCA).
Exemplo: vamos supor que o índice IPCA esteja na casa dos 4% ao ano e hoje a taxa fixa desse título seja de 5%.
Caso você compre esse título, a rentabilidade do mesmo será a união da variação do IPCA (no exemplo, 4%) com a taxa fixa acordada no momento da compra (essa não varia, 5%).
Assim como os título anteriores, você recebe a rentabilidade no vencimento do título.
Você pode verificar quanto a inflação está rendendo no momento neste link.
Em caso de venda antecipada do título, o valor recebido dependerá da marcação a mercado. Sendo assim, o investidor poderá ter lucro ou prejuízo.
Caso você permaneça com o título até seu vencimento, receberá seu dinheiro investido de volta acrescido dos juros explicados acima.
O Tesouro IPCA+ é uma ótima opção para proteger o poder de compra do dinheiro e preparar sua aposentadoria. Isso acontece, porque como ele sempre rende acima da inflação, seu dinheiro estará ganhando poder de compra ao longo do tempo.
Ao se aposentar, seu dinheiro terá valorizado acima da inflação, garantindo assim maior poder de compra.
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B)
Semelhante ao IPCA+, visto que a rentabilidade se dá também de forma híbrida: parte vem de uma taxa fixa e a outra parte do índice de inflação (IPCA).
O IPCA+ com Juros Semestrais é atrelado da mesma forma que o anterior, mas com a diferença de que paga juros semestrais.
Ele é uma boa opção para renda complementar, assim como o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais.
A venda antecipada deste título público pode acarretar em lucro ou prejuízo, dependendo da marcação a mercado.
4 – Liquidez Diária
Os títulos públicos possuem liquidez diária. Isso quer dizer que você pode solicitar o resgate do seu investimento a qualquer momento.
Isso funciona, porque o próprio Governo se compromete a recomprar os títulos quando solicitado. Após solicitar o resgate, o dinheiro cai em sua conta em até 1 dia útil.
Essa vantagem torna flexível o investimento no Tesouro Direto, pois assim se adéqua aos diferentes objetivos financeiros. Tais como reserva de emergência, aposentadoria, renda complementar, entre outros.
5 – Taxas e Tributos
Até aqui vimos diversas vantagens de investir nos títulos públicos do Tesouro Direto, que são: praticidade, facilidade, segurança, vimos suas características e rentabilidade, como podem se alinhar aos nossos objetivos financeiros e que possuem liquidez diária…
Mas, assim como todo investimento, existem alguns custos. É aí que entram as taxas e os tributos.
Primeiramente, existe uma taxa de custódia que é cobrada semestralmente pela bolsa de valores para guardar os papéis e a segurança de suas informações pessoais.
O total cobrado ao ano é de apenas 0,25%. Porém, existe isenção da taxa de custódia para valores até R$ 10 mil no Tesouro Selic.
IOF – esse é o Imposto sobre Operação Financeira de curtíssimo prazo.
Ele só será cobrado em vendas em até 30 dias. Ou seja, se você aguardar 30 dias após a compra do seu título, você estará livre desse imposto (incide apenas sobre o lucro).
Mas, o principal deles é o Imposto de Renda. O IR é cobrado de forma regressiva e incide sobre os lucros dos investimentos conforme a tabela abaixo.
Na tabela abaixo você acompanha como são tributados os títulos do Tesouro Nacional:
Prazo de Aplicação Alíquota de IR
Menos de 181 dias 22.5%
De 181 até 360 dias 20%
De 361 até 720 dias 17,5%
Acima de 720 dias 15%
Apesar dos custos da operação, investir no Tesouro Direto garante maior rentabilidade do que a maioria dos investimentos mais conservadores. Além disso, mesmo com a presença do IR, os títulos públicos rendem mais do que a Poupança.
Qual Título do Tesouro Direto Escolher?
Bom, como podemos ver existem 5 diferentes tipos de títulos no Tesouro Direto. Cada um deles com suas respectivas características e indexações quanto a rentabilidade.
Antes de prosseguir, vale lembrar que todos os títulos possuem datas de vencimento diferentes, aspecto esse que deve ser considerado.
A escolha sobre qual título investir deve estar alinhada aos seus objetivos financeiros.
Fazendo uma comparação rápida, quase todos os títulos ao serem vendidos antecipadamente podem acarretar em lucro ou prejuízo dependendo da marcação a mercado do título da vez.
A única exceção é o Tesouro Selic, que pode ser vendido a qualquer hora e o investidor receberá todo o dinheiro investido acrescido dos rendimentos até o momento da venda.
A única ressalva a fazer é que você mantenha seu dinheiro no Tesouro Selic por pelo menos 30 dias. Isso é feito para que não haja cobrança de IOF sobre seu lucro.
Por conta dessa característica, o Tesouro Selic se apresenta como uma opção para curto prazo e formação da reserva de emergência.
O dinheiro fica disponível para saque sem resultar em perdas.
Já o IPCA+ apresenta características de investimento de longo prazo, visto que ele não só protege o poder de compra do seu dinheiro. Mas, também o faz render acima da inflação.
Sendo assim, o Tesouro IPCA+ é indicado para sua aposentadoria e valorização garantida do poder de compra.
Os outros títulos que pagam Juros semestrais, como dito anteriormente, são ótimos se o seu objetivo for renda extra/complementar.
Já o Tesouro Prefixado é útil se seu objetivo é garantir rentabilidade em momentos de baixa nas taxas da economia.
Nesse link você encontra o simulador de investimento do Tesouro Nacional. É gratuito.
E ai? Quais são os seus objetivos financeiros? Você pode usar as dicas acima.
Conclusão
Ao investir no Tesouro Direto, além de fazer o seu patrimônio crescer, você estará contribuindo para o desenvolvimento do país.
Em adição, você estará atingindo os seus objetivos financeiro de forma inteligente, visto que encontrou um caminho seguro!
Se você leu este artigo até o final, você deu um grande passo na sua caminhada para se tornar um investidor de sucesso.
Aqui, você aprendeu que investir no Tesouro Direto é muito seguro e rentável. Além de aprender sobre alinhamento de objetivos e escolher o melhor título de acordo com o seu objetivo.
Muito bom!
O primeiro passo antes de investir em qualquer produto financeiro é buscar conhecimento e informação.
É hora da parte prática!
Se você está interessado em começar a mudança financeira em sua vida, coloque em prática o que eu te apresentei aqui.
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Deixe sua opinião sobre este artigo ou suas dúvidas nos comentários.
Prometo que lerei todos!
Um abraço e bons investimentos!
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Crédito das imagens: Canva e Pixabay.
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Post muito esclarecedor!